Vives para lutar. Na estrênua luta
Feres e matas o teu próprio irmão.
Conquistas, pela insídia ou à força bruta,
A eira, o teto, a roupa, o amor e o pão.
Vences? Em derredor de ti se escuta,
Clangorando a vitória, a multidão.
Se ardes na pira ou bebes a cicuta,
Só pragas de rancor se escutarão
Mas lutas sempre. A cada arremetida,
Cresce em ti a paixão de combater,
Sangre-te, embora, a última ferida.
Qual teu destino, inquieto, humano ser?
Assim lutando, e aniquilando a vida,
Que é que pretendes, afinal? - viver...
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