Não procures em mim fidelidade;
Nem coisa tal é coisa que se peça
A quem, como eu, sincero, te confessa
Amar no amor a eterna variedade.
Podia prometer-te... À vã promessa
Prefiro a nobre e sólida verdade:
Com o meu temperamento e a minha idade
Não é o amor grandeza que se meça.
Não se ama por tamina ou por compasso,
Em dose certa, às cotas ou às colheres...
Ama-se enquanto houver no mundo espaço!
Amar-te, a ti somente? é o que tu queres?
Não, minha flor, desculpa-me; não faço
Tamanha afronta... ao resto das mulheres!
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