Aventuras

"Mais um poema do meu primeiro livro: Sentimentos e Ilusões. Espero que gostem, Boa leitura !"



Sou este e não outro
Sou só este pouco
Homem de opinião formada
Moleque de atitudes contestadas
Pivete de aventuras terminadas

Mas ainda existem aventuras

Poderia cantar na noite
Fazer promessas a Maria
Poderia lutar pelos pobres
Ou fazer com que os homens esqueçam dessa mania
De preencher o espaço com satélites
Poderia ser poeta
Ou unificar o mundo
Fazer contato com Deus
Ou com extraterrestres

Mas no meio de tantas aventuras
Eu ainda sou o moleque de opinião formada
O pivete de atitudes contestadas
O homem de aventuras terminadas
E não sei o que fazer

Mas espere, um dia quem sabe
Na beira do rio me cai um raio na cabeça
E eu aventuro ser feliz
E resolvo conquistar você

Bruno Sampaio

Visitem a nossa página no facebook :
https://www.facebook.com/BlogCaixaDeFosforo
Gostou? Clique em curtir e compartilhe este poema com seus amigos no Facebook!

O encontro

"Um outro poema que fiz na minha época de colégio, no INSP. Lembro bem de tê-lo feito em sala de aula após um curto diálogo filosófico e esclarecedor sobre a vida, como tantos outros que tive com meu grande amigo Honey Inácio da Silveira. Grande abraço meu caro, este ai, é pra você."

Ela passa inabalável
E eu quase que instantâneo:
- como vai?
E ela, com um olhar como quem diz sai:
- oi
Um oi meio...
O que é que você quer comigo? - oi
Nem me olhe assim - oi
Fique longe de mim - oi
E eu:
- oi

Bruno Sampaio
21-10-99

Visitem a nossa página no facebook :
https://www.facebook.com/BlogCaixaDeFosforo
Gostou? Clique em curtir e compartilhe este poema com seus amigos no Facebook!

Canção da Saudade [Bastos Tigre]

Saudade, palavra doce,
que traduz tanto amargor.
Saudade é como se fosse
espinho cheirando a flor.

Um desejo do estar perto
de quem está longe de nós!
Um ai! que não sei ao certo
se é suspiro ou uma voz.

Um sorriso de tristeza,
um soluço de alegria,
o suplício da incerteza
que uma esperança alivia.

Nessas três sílabas há de
caber toda uma canção:
bendita a dor da saudade
que faz bem ao coração.

Um longo olhar que se lança
numa carta ou numa flor;
saudade - irmã da Esperança;
saudade - filha do Amor.

Uma palavra tão breve,
mas tão longa de sentir!
E há tanta gente que a escreve
sem a saber traduzir.

Gosto amargo de infelizes,
foi como a chamou Garret;
coração, calado, dizes
num suspiro o que ela é.

A palavra é bem pequena
mas diz tanto, de uma vez!
Por ela valeu a pena
inventar-se o português.
Gostou? Clique em curtir e compartilhe este poema com seus amigos no Facebook!

O Desfile

"Mais um poema que fiz com sincera admiração à beleza feminina. Em especial a uma hoje amiga que aqui cito apenas pelo pseudônimo de Ela. O que mais me atrai nele é que todos que viram a cena me disseram que eu consegui descrevê-la perfeitamente. Tenho certeza que muitos já viram uma cena assim. Espero que gostem."


Hoje Ela desfila na praça
Faz da calçada passarela
E vai atraindo os olhares
Sempre tão linda
Causando desejo nos meninos
E uma certa inveja nas meninas
E eu de longe observo
Seu caminhar de passos certos

E o balançar de seus cabelos
Hoje ela está tão bonita,
Veio de jaqueta rosa
Uma calca jeans
faz o contorno das pernas
E termina um pouco antes da cintura
E como ela é menina,
Tão alegre e levada
E como ela é mulher,
Dona de si e decidida
Nada de salto alto,
Desfila de havaianas
E eu confuso pergunto:
como pode tanta beleza,
Se distribuir de maneira tão perfeita,
Por todo o corpo dessa menina?
Mas sem respostas,
me resta apenas observar
E eu fico vendo ela passar
De jaqueta rosa, tão linda
Fazendo da calçada
Uma eterna passarela

***
Visitem a nossa página no facebook e compartilhem as nossas postagens:
https://www.facebook.com/BlogCaixaDeFosforo
Gostou? Clique em curtir e compartilhe este poema com seus amigos no Facebook!

Os Verbos da Vida [Bastos Tigre]

Alvorada. Olhando a vida,
A alma desperta risonha;
Foge a treva espavorida,
Recende a manhã florida:
- Sonha!

Nasce o sol. No oriente a esfera
De jalde e rubro se inflama;
Flor em botão. Primavera,
- Ama!

Ecoando por vale e monte,
Da vida o rumor se escuta;
Estende o braço, ergue a fronte!
Que a luta não te amedronte!
- Luta!

Sol a pino. A luz castiga
A tez, de tão forte e tanta;
Procura uma alfombra amiga
E, a repousar da fadiga,
- Canta!

Declina o dia. Aproveita
A mocidade radiosa;
Come os frutos da colheita
E, enquanto o sol não se deita,
- Goza!

Tarde. O céu já se decora
Com o véu violáceo do poente.
Recorda o fulgor da aurora;
Da saudade o espinho agora
- Sente!

Riso, pranto, amor, desgosto,
Recolhe-os, da alma no cofre!
Não tarda ser o sol - posto;
Há uma lágrima em teu rosto;
- Sofre!

É noite fechada. A lousa
De um negro silêncio pesa
Sobre a terra que repousa...
Na cruz os teus olhos pousa:
- Reza!

Coragem se a rocha é bruta!
Não temas o íngreme aclive!
De alma forte, resoluta,
Ama, sofre, goza, luta,
- Vive!

Gostou? Clique em curtir e compartilhe este poema com seus amigos no Facebook!

Refém


"Mais um poema que fiz pra uma paixão. Gosto muito dele. É simples, curto, porém bastante direto. Espero que também goste!"

Enquanto você não sabia
O quanto eu te queria
Tudo ia bem
Mas hoje me sinto refém
Das palavras que te disse
Sei que parece tolice
Mas tente acreditar
Foi muito difícil falar
De desejos que eram ocultos
E da vontade que possuía
De te tocar e te beijar
É pena que disse não
Mas sei que não foi em vão
Que a história não acabou
E que ainda vai mais além
Pode parecer tolice
Mas as palavras que te disse
Ainda me fazem refém

Bruno Sampaio

Visitem a nossa página no facebook:

www.facebook.com/BlogCaixaDeFosforo
Gostou? Clique em curtir e compartilhe este poema com seus amigos no Facebook!

Ainda por aqui

Sei que ainda estou aqui 
Imaginei mudanças
Criei esperanças
Mas estou por aqui
As vezes até quero esquecer
Tento, não consigo
Nem bem sei por quê
Imaginei novos amigos
Novas mulheres
Novos amores
Mas as mudanças não vieram
Criei ilusões
Hoje me entrego a poemas
A ainda estou por aqui
Mas a vida também é boa
Quando se vive de ilusões
Quando se imagina outro mundo
Quando se inventa paixões
Mas olhando os velhos amigos
As velhas pegadas
As mesmas pessoas
E cercado de antigas paixões
Eu agora sei
Sei que ainda estou por aqui

Bruno Sampaio - março de 2003

Visitem a nossa página no facebook e compartilhem as nossas postagens:
https://www.facebook.com/BlogCaixaDeFosforo
Gostou? Clique em curtir e compartilhe este poema com seus amigos no Facebook!

Sempre haverá um poema para se escrever


Sempre haverá um poema para se escrever
Pois enquanto existir vida
Sempre haverá um caminhar
Objetivos a perseguir
Fronteiras por desvendar
Palavras serão escolhidas
E versos simples hão de surgir
Pois mais que um dia pareça
Que tudo já foi escrito
Que tudo que tinha de ser já foi dito
Sempre haverá um poema
Guardado dentro do poeta
Esperando papel e caneta
O dia e a hora certa
O momento de desabrochar
E enquanto a mente não cansa
Existirá uma eterna esperança
De ver esse mundo mudar
Existirão diversas maneiras
De se contar os segredos
De se falar dos desejos
Sentimentos e ilusões
Por isso quero ser poeta
Obstinado, enquanto eu viver
Pois sempre haverá
Um poema para se escrever

Bruno Sampaio - junho de 2008

Visitem a nossa página no facebook:
https://www.facebook.com/BlogCaixaDeFosforo
Gostou? Clique em curtir e compartilhe este poema com seus amigos no Facebook!

O poeta

"Ser um poeta, nos tempos de faculdade, é uma boa experiência. Como era por mim esperado não tive o reconhecimento que um grande autor teria, nem divulguei meus poemas em salas de aula ou em quadros de aviso nos corredores da UESC. Mas tive muita satisfação com os poucos poemas que mostrei a meus colegas. Dedico a eles, este que se segue:"

Quero ser poeta
E recitar os meus poemas
Sem medo de críticas
Vaias e caras feias

Quero ser poeta
E perceber-me diferente
Andar no meio de gente
Com idéias loucas na cabeça

Falar com a mulher que amo
Sobre Guimarães, Graciliano e Fernando
E propalar as teses mais bobas
Tentando explicar o mundo

Quero sair do vazio do quarto
Distribuir os meus livros
Conversar com pessoas comuns
Dar e ouvir conselhos

Quero escrever poemas
Que acalmem os agoniados
Que conquistem as mulheres
E agradem aos que amam 
  
Eu quero é ser poeta
Famoso ou desconhecido
Ter um busto na praça
Ou um poema, guardado num simples caderno

Quero recitar meus poemas
E contar minhas teses pro mundo
Eu quero é ser o poeta
Que passa nos corredores

Bruno Sampaio
26-04-03
Visitem a nossa página no facebook e compartilhem as nossas postagens:
https://www.facebook.com/BlogCaixaDeFosforo
Gostou? Clique em curtir e compartilhe este poema com seus amigos no Facebook!

Ação de Graças do Poeta [Bastos Tigre]

Graças a vós Senhor, pela ventura
de poder isolar-me na Poesia.
Ter nela o alívio à provação mais dura,
e, no Sonho, o meu pão de cada dia.

Sentir albor de luar na noite escura;
achar descanso e paz na nostalgia,
E ver, até no pranto da amargura,
um consolo vizinho da alegria.

Graças a vós por este dom divino
que me defende do destino adverso,
tornando-me senhor do meu destino.

E se em mim próprio, ruge o mal perverso,
puro, alegre, feliz, o mal domino
e alo-me ao céu nas asas do meu verso.
Gostou? Clique em curtir e compartilhe este poema com seus amigos no Facebook!

Não deixe de curtir a nossa página no facebook com postagens exclusivas!

Que tal ser um parceiro e ver publicado aqui um texto ou um poema de sua autoria? Basta enviar um e-mail para bcfadigas@hotmail.com que eu postarei com prazer algum texto ou poema seu.
Gostaria de ver o seu blog entre os 'blogs que eu sigo'?É só deixar um comentário no post de sua preferência.